Nigéria corre o risco de perder cargas para países vizinhos devido à alta taxa de câmbio alfandegária – CPPE
O Centro para a Promoção da Empresa Privada (CPPE) alertou que a Nigéria corre o risco de perder cargas para países vizinhos devido à alta taxa de câmbio cobrada pelos impostos de importação pelo Serviço Alfandegário Nigeriano (NCS).
O grupo divulgou isso em uma declaração assinada por seu Diretor/CEO, Dr. Muda Yusuf, onde lamentou o impacto da alta taxa de câmbio para cobrança de impostos de importação sobre as empresas e o custo de vida no país.
De acordo com o comunicado, o risco de atracação de cargas em países vizinhos pode impactar negativamente a geração de receita do governo federal.
A declaração diz: “A alta e volátil taxa de câmbio para avaliação de imposto de importação está alimentando a inflação já alta, aumentando os custos de produção e operação para fabricantes e outras empresas, piorando a crise do custo de vida, colocando empregos e investimentos no setor marítimo em risco e enfraquecendo a confiança dos investidores. Há também o risco aumentado de desvio de carga para países vizinhos e contrabando, o que pode comprometer a realização da meta de receita alfandegária.”
É importante observar que, no primeiro semestre do ano, o Serviço Aduaneiro da Nigéria relatou um declínio no processamento de cargas, apesar de um aumento de 127% na receita durante o período.
Apelo ao Presidente Tinubu para fixar a taxa de câmbio aduaneira em N1000/$
O CPPE reiterou ainda seu apelo à Presidência para definir a taxa de câmbio do imposto alfandegário em N1000/$ pelos próximos seis meses por meio de uma Ordem Executiva. Ele observou que a recomendação se alinha com os esforços atuais do governo federal para aliviar as dificuldades enfrentadas por cidadãos e empresas.
Explicou que até mesmo o Comitê Presidencial de Política Fiscal e Reformas Tributárias fez uma recomendação semelhante, e o Setor Privado Organizado (OPS) apoiou fortemente essa abordagem.
Ele alertou que a taxa de câmbio dos direitos aduaneiros no portal do Serviço Aduaneiro da Nigéria está em N1578/$, uma taxa que tem mudado quase semanalmente e é prejudicial ao clima de investimento.
O Ministério das Finanças, e não o CBN, deve fixar a taxa do imposto de importação
- Além disso, o centro levantou duas preocupações sobre política cambial e a outra relacionada à política comercial. Ele argumentou que o papel do Banco Central da Nigéria (CBN) deveria concluir com a abertura do Formulário M para importadores dentro da estrutura da política cambial existente.
- De acordo com o CPPE, questões relativas ao comércio internacional devem ficar sob a jurisdição do Ministério Federal das Finanças e do Ministério Federal do Comércio e Investimento, pois essas instituições são legalmente responsáveis pela política comercial.
- Afirmou que a determinação do CBN sobre a taxa de câmbio do imposto aduaneiro foi descrita como um exagero na política comercial, que requer correção imediata.