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Como o acordo de 12 anos de Ogun com uma empresa chinesa impediu a operação de jatos presidenciais da Nigéria – INVESTIGAÇÃO


David Olatunji

Em um acontecimento que causou comoção nos círculos diplomáticos e jurídicos, uma empresa chinesa, Zhongshan, garantiu uma indenização de US$ 130,6 milhões contra a Nigéria, culminando na apreensão de três jatos presidenciais por um tribunal francês.

Este caso complexo, que se desenrola ao longo de 12 anos, remonta a um acordo de joint venture entre o Governo do Estado de Ogun e a Província de Guangdong, na China, para estabelecer a Zona de Livre Comércio de Ogun Guangdong (OGFTZ) em Igbesa, Estado de Ogun.

A OGFTZ foi idealizada como um grande centro industrial cobrindo 2.000 hectares, com o objetivo de estimular o crescimento econômico e atrair investimentos estrangeiros significativos para a Nigéria.

Em 2010, a Zhongshan foi contratada para administrar o Parque Industrial de Fucheng dentro da zona, após o acordo inicial de 2007 entre o estado de Ogun e a província de Guangdong.

No entanto, a parceria rapidamente azedou, levando a um impasse jurídico e diplomático que durou uma década.

A primeira grande ruptura ocorreu em 2012, quando o Governo do Estado de Ogun encerrou abruptamente sua parceria com a China-Africa Investment Limited (CAI), a entidade chinesa originalmente envolvida na OGFTZ.

A rescisão teria sido motivada por uma nota diplomática do Consulado Chinês em Lagos, que acusava a Província de Guangdong de deter ações ilegalmente na CAI.

Na sequência, Zhongshan foi contratado como gerente interino, assumindo a participação de 51% da CAI e assinando um novo acordo de joint venture com o Governo do Estado de Ogun em 2013.

No entanto, esse novo arranjo teve vida curta. Em 2016, o Governo do Estado de Ogun mais uma vez encerrou seus acordos, dessa vez com Zhongshan, citando que outra empresa chinesa detinha os direitos legais sobre as ações na zona de livre comércio.

A situação rapidamente se transformou em uma série de batalhas legais, com Zhongshan acusando o Estado de Ogun de fraude e quebra de contrato.

O conflito atingiu o ponto crítico quando a polícia federal nigeriana prendeu um alto executivo da Zhongshan sob a mira de uma arma, detendo-o em condições que a empresa descreveu como duras e abusivas, incluindo espancamentos e intimidação.

Em resposta, Zhongshan levou a disputa para a arena internacional, argumentando que a Nigéria havia violado o tratado bilateral de investimento assinado com a China em 2001.

Este tratado foi criado para promover e proteger investimentos comerciais entre as duas nações, e Zhongshan alegou que a Nigéria não cumpriu com suas obrigações, praticando discriminação injusta e expropriando indevidamente investimentos sem compensação.

Zhongshan, que investiu milhões de dólares em infraestrutura dentro do parque industrial — construindo estradas, serviços públicos e serviços essenciais como hospitais, hotéis e bancos — levou seu caso ao Tribunal Distrital dos Estados Unidos para o Distrito de Columbia.

O tribunal decidiu a favor da empresa chinesa, concedendo US$ 55,6 milhões em indenização, além de US$ 75.000 em danos morais, cobrindo juros, honorários advocatícios e arbitrais.

O tribunal também proibiu a Nigéria de mover ou vender qualquer um dos jatos presidenciais até que a indenização fosse paga.

O drama jurídico tomou um rumo dramático quando um tribunal francês autorizou a apreensão de três jatos presidenciais nigerianos, incluindo um Dassault Falcon 7X e um Boeing 737, ambos essenciais à frota aérea presidencial da Nigéria.

A terceira aeronave, um Airbus 330, havia sido comprada pela Nigéria, mas ainda não havia sido entregue.

Em um incidente relacionado, Zhongshan tentou apreender outro jato de luxo no Canadá, que as autoridades nigerianas haviam recuperado do ex-ministro do petróleo Dan Etete.

Este jato foi supostamente comprado com os lucros do controverso acordo de petróleo Malabu OPL245 de US$ 1,3 bilhão. Autoridades nigerianas alegaram que as ações de Zhongshan são parte de uma estratégia mais ampla para proteger Etete de perder um ativo adquirido com fundos roubados.

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