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Liga da Arábia Saudita: Yannick Carrasco, com MARCA: “Se eu não tivesse mudado, depois de seis meses teria que deixar o Atlético del Cholo”


Yannick Ferreira Carrasco (Ixelles, Bíblica, 1993) Jogou sete temporadas no Atlético de Madrid, distribuídas em duas etapas (2015-18 e 2020-23). Agora, de 23 a 24 anos, é o camisa 10 do Al Shabab da Arábia Saudita, em cujo campo de treinamento recebe o MARCA. Carrasco tem apenas 31 anos.

Perguntar. Do que você mais sente falta do Atlético?

Responder. Morei lá por muitos anos e criei muitas conexões. O que mais sinto falta são dos amigos que fiz.

P. Você passou muitas temporadas com Cholo, o que mais aprendeu com ele?

R. Acima de tudo aprendi a trabalhar, a sofrer defensivamente e a ter comprometimento com a equipe.

P. Pode dizer que sem o Cholo ele não seria o jogador que é agora?

R. Você nunca sabe. Com outros treinadores aprendi a atacar, a fazer gols… Mas o Cholo me fez crescer muito como pessoa e como jogador de equipe, para saber pensar no grupo antes de mim.

P. Olhando com perspectiva, você acha que o Atlético é um clube diferente?

R. O Atlético é um clube muito familiar, que faz você se sentir bem desde o primeiro dia e isso de sofrer a cada jogo com a torcida e saber que com o Atlético tudo pode acontecer une muito a torcida.

P. Qual jogador você traria do Atlético amanhã?

R. Ao Lemar, porque criei muita amizade com ele. Outro que tive lá e que para o grupo é fantástico é o Lucas Hernández, além do Josema Gimnez, que é um líder fantástico e joga com o coração. Um daqueles jogadores que sempre são necessários.

P. Você realmente acredita que o Atlético pode vencer a LaLiga ou a Liga dos Campeões nesta temporada?

R. Casa de botão. Desejo-lhe o melhor e espero que seja a Liga dos Campeões porque é o título que falta a este clube. Joguei lá sete anos, quase 300 jogos e o Atlético é como se fosse a minha casa. Vivi momentos bons e também momentos difíceis, que te fazem crescer e isso está no meu coração e nunca mais sairá.

P. O que você acha de João Flix e sua recente saída do Atlético?

R. Ele é um jogador muito talentoso… mas às vezes no futebol não é a única coisa importante, e a disciplina e a concentração também contam. O Atlético não é uma equipa fácil, pois é preciso muito esforço e não só o talento vale a pena. Sei que com o Cholo o João teve um pouco de dificuldade, mas ele sempre encontrará outras equipes de ponta onde possa ter sucesso. Acho que vai crescer mais no futuro.

P. Qual você acha que era o problema do João no Atlético naquela época?

R. Acho que a atitude dele foi boa mas não se encaixou no conceito que o mestre pediu e todos os jogadores ofensivos só querem atacar e não defender. Ah, pode ser que João não tenha tido o conceito defensivo suficiente que Simeone pediu. No futebol, às vezes você pode ser o melhor do mundo em um sistema e depois não trabalhar em outro sistema, porque não se adapta ao seu estilo de jogo. Acho que foi um momento difícil para o João no Atlético, mas ele também fez grandes jogos porque tem muito talento. Aconteceu comigo também quando eu era jovem. Vim do Mónaco e quando cheguei ao Atlético del Cholo demorei algum tempo a adaptar-me. Fui reserva em vários jogos até que minha nova situação me conquistou. Tive que trocar o chip na minha carreira e há jogadores para quem é um pouco mais difícil fazê-lo. Tive sorte que minha cabeça clicou e mudou, porque senão, depois de seis meses eu teria que ir embora.

P. Então você veio para a Arábia. Como você está aqui?

R. Aqui nós, estrangeiros, somos obrigados a mostrar o nível que demonstramos na Europa. Caso contrário, você não terá utilidade para esta Liga. Que ninguém se confunda, porque esta Liga é exigente.

P. O que atraiu você para Arábia Saudita?

R. Já estive na China e cada experiência traz algo positivo. Quando se chega a este tipo de país, vemos que o futebol não se reduz apenas às quinze melhores equipas da Europa, mas que existem outras realidades. Por isso, quando voltei ao Atlético, depois de estar na China, voltei com mais valores e mais respeito pelas coisas do dia a dia. E aqui na Arábia tenho que ajudar com toda a experiência que tenho na Europa.





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