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Liga Francesa: Carles Martínez, treinador do Toulouse: “Devemos ser corajosos e acreditar que qualquer um pode ser derrotado”


Carles Martnez Novell (Les Franqueses del Valls, 1984) pode orgulhar-se de ser, juntamente com Luis Enrique, o único treinador espanhol na Ligue 1. O treinador do Toulouse analisa para o MARCA o início da Ligue 1 2024-25, o primeiro 'pós-Mbapp'.

Perguntar. Como foi seu início no mundo do futebol?

Responder. Ele era goleiro. Joguei no Granollers, mas aos 15 anos comecei a treinar e aos 17-18 percebi que o meu futuro estava ali. Sempre tive dentro de mim aquele ‘macaco’ dos treinos. Tive que sair por um tempo, mas depois de alguns meses voltei.

Joguei como goleiro, mas aos 17-18 anos percebi que meu futuro era ser treinador.

P. Você passou pelas categorias inferiores do Espanyol e do Barcelona. O que mais te marcou?

R. Sou quem sou por causa das experiências que tive. Cheguei ao Espanyol através de Jaume Bartrés e, embora tenha treinado na base, descobri o futebol profissional: a importância do trabalho diário e o equilíbrio entre ensinar, competir e vencer. No Barcelona entram jogadores que também ensinam que cada detalhe conta. Tive Balde, Fermn, Gavi, Ansu Fati, Eric García, Arnau Tenas, Xavi Simons…

P. No exterior dirigi Al Rayyan e no Kuwait. Como você chega a Toulouse?

R. Dei um curso de jogo de posição na França, eles viram, se interessaram e me ligaram. Nos conectamos e, depois de algumas semanas, me ofereceram para integrar a equipe como Chefe de Metodologia e assistente de Philippe Montanier.

P. Ele chegou no meio de 2022-23, ganhou a Copa da França e, de repente, foi promovido a técnico principal. Isso te surpreendeu?

R. Sim. Cheguei com a ideia de ser auxiliar. Não foi algo pretendido, mas não chegaram a acordo (com Montanier) e levantaram o meu nome. É verdade que desde o primeiro dia tivemos uma sensação boa e que senti que a minha forma de pensar foi valorizada, mas a partir daí pensar que seria o primeiro treinador…

Cheguei com a ideia de ser auxiliar. Não foi algo procurado, mas não chegaram a acordo (com Montanier) e levantaram meu nome

P. Você tem outro espanhol como seu assistente: Pol García. Como se definiria o técnico Carles Martínez?

R. Sou um treinador que cuida dos detalhes, todos os aspectos do jogo são importantes. Não apenas táticas. Gosto de tentar dominar, colocar o adversário em apuros, ter a bola, tentar gerar o máximo de chances possíveis e, ao mesmo tempo, controlar os detalhes defensivos para evitar transições e interpretar bem os espaços. Gosto de controlar todas as facetas.

P. Começa a Ligue 1. O que podemos esperar do Toulouse nesta temporada?

R. Ainda faltam semanas importantes. O mercado permanece aberto até ao final de Agosto e nestas 2-3 semanas as coisas podem acontecer. Não gosto de falar muito, mas o objetivo é fazer melhor que no ano passado (11 finalizados). Conheço os jogadores e eles me conhecem. Eu sei o que tenho e sabemos o que queremos. Isso me faz ter bons sentimentos. Queremos tentar ser competitivos em qualquer campo e contra qualquer equipe. Devemos ser corajosos e acreditar que podemos vencer qualquer um. Claro, jogo a jogo, torcendo para que o time continue crescendo.

P. Olhando mais a longo prazo: o que Toulouse quer ser quando crescer?

R. O clube cresceu muito em pouco tempo. Foram promovidos com a ideia de ir para a Europa dentro de alguns anos e isso foi conseguido pela primeira vez graças à Copa que obriga a se adaptar e a encontrar soluções. Tudo aconteceu muito rapidamente, mas ao nível da experiência foi brutal. Na temporada passada jogamos na Liga Europa. Foi um ano exigente e que nos prejudicou na primeira fase, mas competimos bem e fizemos uma ótima reta final de percurso. Espero que possamos viver experiências igualmente lindas novamente.

Tudo correu muito rápido, mas ao nível da experiência foi brutal

P. Ao longo do caminho você perdeu jogadores importantes como Van den Boomen, Dallinga, Mawissa, Chabi…

R. Isso também é um sinal de que as coisas estão sendo bem feitas. Nenhum treinador gosta de perder jogadores, mas saíram alguns e chegaram outros que tiveram um bom desempenho. A ideia é ajudar todos os jogadores a crescer porque isso nos deixará mais perto de sermos melhores como clube e de vencer jogos.

P. Qual é a contribuição dos dois jogadores espanhóis do seu elenco: Gelabert e Lex Domnguez?

R. Chegaram juntos na temporada passada e não tiveram um ano fácil. De qualquer forma, são dois jogadores de quem gosto muito e nos quais tenho a maior confiança.

P. É um alívio para os rivais a saída de Mbapp?

R. Gosto de enfrentar os melhores. É um desafio. Eu preferiria que ele estivesse aqui, gostasse dele e sofresse quando jogarmos contra ele. Agora veremos isso à distância.

Eu preferiria que ele estivesse aqui, gostasse dele e sofresse quando jogarmos contra ele. Agora vamos ver de longe

P. Como você acha que serão as coisas no Real Madrid?

R. Ele terá que se adaptar ao Real Madrid e o Real Madrid a ele. Muda o contexto, mas ele é um grande jogador e tudo indica que irá se sair muito bem.

P. Você está animado para treinar na Espanha?

R. Estou muito feliz em Toulouse, mas sou espanhol e, logicamente, poder treinar naquela Liga que acompanho desde pequeno é um objetivo. Quando chegar a hora, veremos.

Poder treinar naquela Liga que acompanho desde pequeno é um objetivo. Quando chegar a hora, veremos





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